Somos alunas de 2º ano da Licenciatura em Educação Básica na ESE de Santarém. No âmbito da disciplina de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável foi-nos proposta a criação de um blog no qual se visa explorar uma problemática ambiental de natureza controversa.

Concorda com a exploração mineira em Portugal?

A planta salva-minas

A notícia apresentada na revista “Super Interessante” do mês de Junho do ano corrente, aborda uma descoberta feita por jovens de Arouca, de uma planta, de nome “chápeu-dos-telhados”, que limpa os terrenos onde são feitas as explorações mineiras, nomeadamente os metais tóxicos e mais pesados.

Estas alunas, no âmbito de um projecto de 12º ano, recorreram à história e à exploração das minas de volfrâmio, da região de Regoufe durante a 2ª Guerra Mundial, o que provocou um aglomerado de material estéril, fonte de contaminação do solo e da água por metais tóxicos. Assim, ao fim de oito meses de trabalho, descobriram que o “chápeu-dos-telhados” era realmente capaz de limpar os solos daquela região.
Este grupo de jovens analisou e posteriormente fez estudos acerca da mesma para tentar perceber que benefícios este tipo de planta traz para que a actividade mineira se torne mais viável, uma vez que a mesma permite reduzir os efeitos nefastos do exercício desta mesma actividade, fazendo com que seja uma óptima medida de minimização dos riscos que promove uma exploração mineira sustentável e equilibrada.
Esta planta tem a capacidade para absorver um teor de crómio, nove vezes superior ao do solo em que se encontra, tornando-se assim, um causador na fitorremediação de minas abandonadas, como a da Poça da Cadela, situada em Regoufe.
Contudo, esta planta foi considerada perigosa para a saúde, pois, “segundo a Organização Mundial de Saúde, o nível de 50 ppm (partes por milhão) é o limite máximo de segurança para o Homem, e esta descoberta mostra que a espécie tolera concentrações superiores a 1000 ppm”.
A planta Umbilicus Rupestris, outro nome pela qual é conhecida, foi considerada potencialmente perigosa para a saúde humana, visto que as folhas desta espécie são consumidas e que é utilizada na medicina tradicional, nomeadamente como analgésicos e anti-inflamatórios.
“São conhecidas 400 espécies capazes de hiper-acumular metais”
“As plantas tem uma propensão natural para absorção de metais a partir do solo e, ao contrário dos químicos orgânicos, os metais não podem ser química ou biologicamente degradados em constituintes não-tóxicos”.

Fonte: Revista “Super Interessante” nº 146, Junho de 2010 pp. 24-29

4 comentários:

Andreia; Andreia e Catarina disse...

O nosso grupo achou extremamente interessante a noticia por vos exposta. vemos nela assim como certamente outras pessoas, uma solução para atenuar ou ate completamente resolver as consequências da exploração mineira. É importante ter-se noção das medidas de prevenção que se podem aplicar para estes tipos de problemáticas.
Grupo: Andreia, Andreia, Catarina

Mónica Mogne disse...

Olá colegas,

tal como tema da revista «Super Interessante», também assim deverá ser apelidado este post!

Bem este é de facto um presente da natureza, uma solução natural!!!
Fui ler a acerca da planta e achei impressionante!Já vi que tem vários nomes:
«Conchelos, bacelos, orelha-de-monge, chapéu dos telhados, coucelos, cauxilos, inheme de lagartixa e umbigo de Vénus», contudo fiquei admirada com esta notícia :
http://botanicailhas.blogspot.com/2007/10/inhame-de-lagartixa.html

Pode ser consumida?

De qualquer modo, além das suas propriedades, achei fantástico existir uma possível solução natural!

Ana, Daniela, Joanas disse...

Boa noite

Como foi referido no post, esta planta é prejudicial à saúde, logo não é possível ser consumida.
Agradecemos desde já a vossa colaboração!

Ana Moreno, Daniela Santos, Joana Évora e Galrinho

Elisabete disse...

Esta informação é particularmente interessante, sendo que, o facto de este estudo ser desenvolvido por jovens estudantes é muito promissor. Como vocês próprias referem no texto: “(…) as folhas desta espécie são consumidas...” Interpreto por aí que queiram referir que como são prejudiciais à saúde não o devam ser. Pois num texto também desenvolvido em consequência da descoberta destes jovens dá essa informação. Interpreto assim que, esta espécie poderá (ou pode) ter sido utilizada em saladas, tal como indica o documento produzido por esses mesmos alunos: “É uma espécie muito popular, sobretudo no Reino Unido, onde as folhas frescas são apreciadas em saladas (Hendrick, 1972; Tanaka, 1976) e é utilizada na medicina tradicional como analgésico, anti-inflamatório e no tratamento da epilepsia (Grieve,1984; Chiej, 1984)” (citado em Caresma, Sousa e Brandão, s.d, p.2).

Nesse mesmo texto é referido que:
"Esta descoberta, que permitiu sinalizar esta espécie como potencialmente perigosa para a saúde humana, tem uma importância relevante porque as folhas de U. rupestris (o nome da espécie deveria aparecer em itálico, mas no post não dá para colocar/ formatar) para além de serem consumidas em salada (Hendrick, 1972; Tanaka, 1976) são utilizadas na medicina tradicional, incluindo Portugal, como analgésico, anti-inflamatório e no tratamento da epilepsia e de distúrbios gastrointestinais (Grieve, 1984; Chiej, 1984; Rodrigues, 2001)” (Citado em Caresma, Sousa e Brandão, s.d, p.12).

Lobo (2002) menciona ainda que esta espécie pode ser utilizada como alimento a animais, no estudo desenvolvido no Parque Natural do Alvão. Daí o perigo e a atenção que se deve dar à utilização/presença desta espécie.

Caresma, D., Sousa, S. e Brandão, T. (s.d). Umbilicus rupestris – Um Pequeno Passo na Fitoextracção, mas um Grande Passo na Evolução. Concurso Jovens Cientistas e Investigadores. Fundação Juventude. 1-14. Recuperado de: www.fjuventude.pt/download?id=359

Lobo, S. (2002). Plantas aromáticas e medicinais no Parque Natural do Alvão. Vila Real: Parque Natural do Alvão. Recuperado de: http://portal.icnb.pt/NR/rdonlyres/1517ADF5-23C0-4377-A809-5EDACFC8AB94/0/PNALPlantasAromaticas_2002.pdf

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